Autoridades brasileiras avaliam que decisão de Trump de retirar EUA do Acordo de Paris vai impactar a COP 30, em Belém

  • 21/01/2025
(Foto: Reprodução)
No Fórum Econômico Mundial, na Suíça, o governador do Pará, Helder Barbalho, fez um apelo pela preservação do planeta e reiterou o convite para Donald Trump participar do encontro. Lula escolhe o embaixador André Corrêa do Lago pra presidir a COP-30 No Brasil, autoridades consideram que a decisão do presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris vai impactar a Conferência Mundial do Clima, a COP 30, marcada para o fim de 2025, em Belém. O Brasil em 2025 estará no centro das decisões sobre o combate ao aquecimento global. Em novembro, a COP 30, Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança no Clima, vai reunir líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil. Desde segunda-feira (20), uma comitiva da ONU inspeciona, em Belém, as obras para a COP 30. O Hangar Centro de Convenções da Amazônia vai passar por grandes mudanças e o Parque da Cidade está sendo construído em uma área de 550 mil m², onde ficava um antigo aeroporto. As decisões mais importantes que Trump anunciou — e as possíveis consequências Em Brasília, o presidente Lula escolheu o embaixador André Corrêa do Lago para presidir a COP 30. Ele é o atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores. Ao lado dele, no anúncio, estava a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que na segunda-feira (20) manifestou grande preocupação com a política climática de Donald Trump. Em nota, Marina disse que "será fundamental que a governança climática crie anteparos para evitar avanços da força gravitacional negacionista". André Corrêa do Lago disse que a postura de Trump traz dificuldades para a COP 30: "Não há menor dúvida que terá um impacto significativo na preparação da COP e na maneira como nós vamos ter que lidar com o fato de que um país tão importante está se desligando desse processo. Estão saindo do Acordo de Paris, mas eles continuam membros da Convenção do Clima. Então, sim, há vários canais que permanecem abertos, mas não há menor dúvida que é um anúncio político de muito impacto". Autoridades brasileiras avaliam que decisão de Trump de retirar EUA do Acordo de Paris vai impactar a COP 30, em Belém Jornal Nacional/ Reprodução Em Davos, na Suíça, o governador do Pará, Helder Barbalho, reiterou o convite para Donald Trump participar do encontro: "Os Estados Unidos, como economia que lidera o planeta, como líder nas emissões junto com a China, não podem de maneira alguma estar fora deste debate. Seja o governo americano, seja a economia americana, que emite gases de efeito estufa e precisam, portanto, participar efetivamente debatendo, discutindo e, acima de tudo, financiando para que nós possamos, a partir do financiamento climático, encontrar soluções para a natureza", diz Helder Barbalho, governador do Pará. Um dos principais desafios do Brasil na presidência da COP 30 será resolver um problema que vem da COP 29, realizada no ano passado no Azerbaijão: os países pobres e mais vulneráveis queriam que os países mais ricos se comprometessem a investir US$ 1 trilhão por ano em medidas de combate às mudanças climáticas. O acerto fechado na COP 29 foi de US$ 300 bilhões. Ficou para o encontro de 2025, no Brasil, acertar essa diferença e de onde virá o dinheiro. Entre as medidas assinadas na segunda-feira (20), Trump cortou o dinheiro que ajudaria a financiar o combate às mudanças climáticas. Segundo Cláudio Ângelo, coordenador de política internacional do Observatório do Clima, outros países podem acabar seguindo a decisão de Trump. "O maior risco que a gente enfrenta com o Acordo de Paris é uma debandada coletiva, porque hoje em dia o Acordo de Paris é a única coisa que nos separa de um aquecimento global de 3º C ou mais. Por mais ineficiente e frustrante que o ritmo das negociações internacionais seja, sem elas a situação do mundo seria muito, muito, muito pior", afirma Cláudio Ângelo. LEIA TAMBÉM Trump pretende acabar com cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais, e isso afeta brasileiros Trump pode mesmo acabar com nacionalidade americana automática para quem nasce nos EUA? Na fronteira do México, imigrantes choram após EUA cancelarem entrevistas de asilo Acusados de serem organizadores do ataque ao Capitólio deixam prisão horas após perdão de Trump

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/01/21/autoridades-brasileiras-avaliam-que-decisao-de-trump-de-retirar-eua-do-acordo-de-paris-vai-impactar-a-cop-30-em-belem.ghtml


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